Preciso confessar: adoro o Natal! Estarrece-me o fato de algumas pessoas se referirem a este período como triste, melancólico e destituído de sentido. Uma grande jogada de marketing das corporações para venderem mais a consumidores de nossa sociedade capitalista. Que lugar comum. Que falta de criatividade!
Adoro o Natal por inúmeras razões. As luzes que deixam a cidade mais bonita, a decoração das casas e o panetone, enfim, adoro o clima que acompanha esta época do ano! Mas, sem sombra de dúvida, me sinto especialmente feliz neste período, pois a aura que o cerca me inclina a refletir sobre minha vida e a me reinventar como ser humano.
Trabalhamos e vivemos no piloto automático – lidando com as situações à medida que elas surgem – quando deveríamos fazê-lo de modo refletido, em consonância com nossos propósitos e valores, de modo a alcançar os melhores resultados para nossas vidas.
Fomos dominados pela tecnologia. Estamos cercados por dispositivos eletrônicos e, no fim, permitimos que nossas ferramentas de produtividade nos tornem seus escravos, ao invés de nos servir. Recentemente, assistindo uma palestra de Tony Schwartz foram feitas a seguintes perguntas:
Qual foi o maior período de tempo que você ficou sem checar seus e-mails no último mês? Qual foi a última vez que reservou uma ou duas horas de seu dia para pensar de modo criativo ou, simplesmente refletir, sem interrupções? Com que freqüência você senta, por alguns momentos, somente para respirar profundamente e aquietar sua mente?
Perturbador, não?
O Natal me leva a refletir, a alinhar minhas ações às pessoas importantes em minha vida, aos meus valores mais estimados, às metas que estabeleci para mim mesmo. A sair do turbilhão do dia a dia e, tranquilamente, analisar o que precisa ser feito.
Recordo-me de ter tomado decisões importantíssimas neste período do ano e, por ter agido em consonância com os novos propósitos assumidos, ter revolucionado minha qualidade de vida e das pessoas que me eram próximas. Já é jargão afirmar que se continuar agindo da forma como sempre agiu, continuará a obter os mesmos resultados que sempre obteve. Mas isso é tão verdadeiro! É necessário mudar, reinventar-se! Sair da caixa do pensamento comum!
Mary Ellen Chase afirmou que o Natal não é uma data, é um estado da mente. Pois bem, que este período tão especial o incentive a refletir calmamente, a tomar decisões importantes, a agir na busca de novos ideais. De minha parte, neste último artigo do ano, gostaria de desejar a todos, independentemente de sua fé ou crença religiosa, um feliz Natal e maravilhoso ano de 2012!
Tony Loureiro
Tony Loureiro é advogado, coaching e palestrante.